
Dado da Sociedade Internacional de Prevenção ao Abuso e Negligência na Infância (Sipani) revela que, em média, 18 mil crianças são vítimas de violência doméstica, por dia, no Brasil. Existem diversos tipos de agressão, além da física: psicológica, sexual e econômica. Os episódios mais rotineiros, no entanto, são espancamento, envenenamento, encarceramento, queimadura e abuso sexual.
Nesse contexto, como protesto e reflexão, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu, em 1982, o Dia Mundial das Crianças Vítimas de Agressão, celebrado em 4 de junho. A data tem como objetivo chamar a atenção da sociedade e evitar novos casos.
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) proíbe que haja em desfavor de crianças e adolescentes castigos físicos e tratamento cruel ou degradante como forma de correção, disciplina, educação ou outro pretexto, ainda que seja pelos pais ou por qualquer integrante da família.
Os pais têm a responsabilidade de disciplinar e corrigir os filhos. Essa orientação bíblica, entretanto, não tem nenhuma relação com espancamento ou qualquer outra forma de agressão. “Provérbios destaca a importância de usar a correção de forma não violenta, como um meio de interromper o mal, seguindo sempre o propósito de salvação em Cristo Jesus”, afirma a pastora Liana Toneto, da Igreja Batista Vida, em Jardim Colorado, Vila Velha (ES), que cita as palavras de Salomão: “O que retém a vara aborrece seu filho, mas o que o ama, cedo o disciplina” (Pv 13.24).
Segundo ela, às vezes é necessário aplicar uma correção mais firme às crianças, não com o intuito de deixá-las marcadas, traumatizadas ou mal-educadas, mas, sim, para estabelecer limites e fazer com que elas reconheçam seus comportamentos e erros.
“É fundamental que os pais eduquem verdadeiramente seus filhos, em vez de apenas serem amigos para compartilhar confidências”, afirma e emenda: “Pais presentes, respeitosos e exemplares têm maior probabilidade de criar filhos que sigam o mesmo caminho”.