
“É chocante ver os países ocidentais – os mesmos que consideramos sociedades livres e abertas – tomarem medidas autoritárias contra os cristãos que simplesmente tentam viver a sua fé.” A indignação foi manifestada por Tony Perkins, presidente do Family Research Council, cujo Centro para a Liberdade Religiosa acaba de publicar o seu relatório de 2024 sobre o estado da liberdade religiosa no Ocidente.
No documento intitulado “Livre para Crer?: A crescente intolerância em relação aos cristãos no Ocidente”, que os autores dizem estar “longe de ser exaustivo”, aparecem 168 incidentes em 16 países, todos ocorridos desde o início de 2020.
“No Reino Unido, cristãos estão sendo presos por orarem silenciosamente em seus pensamentos, fora das instalações de aborto. Na Alemanha, assistimos à repressão de formas alternativas de educação baseadas na fé. Nos Estados Unidos, professores e treinadores cristãos estão sendo demitidos por suas crenças sobre a sexualidade humana, e os cristãos já não podem presumir que o seu local de culto não será alvo de ações violentas”, resume Perkins.
‘Este relatório é um alerta’ – De forma alarmante, o foco do relatório era “funcionários e entidades governamentais que visam igrejas, organizações e indivíduos cristãos para serem processados ou punidos com base em suas crenças religiosas”.
Em outras palavras, todos os 168 incidentes documentados foram perpetrados pelos governos de nações que antes eram cristãs e ainda são supostamente livres.
O relatório oferece um breve resumo de cada incidente, agrupado por país onde ocorreu. Os pesquisadores compilaram seus dados analisando documentos, relatórios e meios de comunicação de código aberto.
Durante os quatro anos avaliados pelos pesquisadores (de 2020 a 2023), o ano de 2020 registrou o maior número de incidentes. Isso se deve em parte às restrições da Covid-19, que geraram novas tensões entre as exigências da saúde pública e os líderes cristãos que se sentiram obrigados, tanto pelas Escrituras quanto pela consciência, a continuarem a se reunir.