
O ex-cantor evangélico Kleber Lucas e Caetano Veloso foram os vencedores da nova categoria de música gospel no Prêmio Multishow, realizado na noite desta terça-feira, 7/11, no Rio de Janeiro. Visto pelo público como “deboche” e “sinal do fim dos tempos”, a indicação do ex-gospel não foi aceita pelos evangélicos, já que nos últimos anos o cantor tem tido comportamentos condenáveis para os padrões cristãos.
Uma das maiores polêmicas protagonizada por ele aconteceu em novembro do ano passado quando participou do talk show, “Conversa com Bial”, da Rede Globo. Em uma declaração que poderia ser dita por um ateísta ou por alguém contrário a fé cristã, o cantor afirmou que “o Brasil não é do Senhor Jesus. O Brasil é dos brasileiros”.
Ainda em 2022, Kleber Lucas chamou a atenção ao aparecer em um vídeo ‘para lá’ de polêmico em uma festa com música e com um copo de bebida supostamente alcoólica na mão. “Não era nem para dar Ibope para esse desviado|, postou um internauta. “Misericórdia”, alfinetou outra pessoa assustada com o vídeo.
E, as atitudes consideradas “mundanas”, no jargão de crente, nem surpreendem mais as redes sociais. Em março desse ano, Kleber Lucas definiu como racista “Mais Alvo que a Neve”, um clássico da música cristã que ele próprio cantou no passado, e acabou importando para o segmento evangélico uma discussão que há uns bons anos transborda em outros círculos culturais.
Em outra ocasião, o cantor, pastor da igreja Batista Soul, insinuou que Assembleia de Deus tem muito em comum com as religiões afro-brasileiras, pois tem em sua grande maioria negros e manifestações análogas às experiências dos terreiros de Candomblé. E, olha que ele mesmo participou, em 2017, de culto ecumênico no centro de Candomblé Kwe Cejá Gbé de Nação Djeje Mahin, localizado em Duque de Caxias (RJ).