
De acordo com um novo relatório, um em cada oito cristãos em todo o mundo enfrenta perseguição religiosa, que varia desde prisão e censura até martírio extrajudicial e sancionado pelo governo.
“A cada ano, cerca de 300 milhões de cristãos ao redor do mundo são perseguidos por sua fé em Jesus. Nossos irmãos e irmãs em Cristo são espancados, presos e até mortos por sua fé”, afirmou o Índice Global de Perseguição 2025 da International Christian Concern (ICC), divulgado na última sexta-feira (10/01).
O documento de 59 páginas registra casos de governos negando direitos a uma parte dos aproximadamente 2,38 bilhões de cristãos no mundo. “Em muitos países, é ilegal para eles compartilharem o Evangelho. “Os detalhes da perseguição que vocês lerão em nosso relatório não são incidentes isolados”, esclareceu o presidente da ICC, Jeff King. Esses atos repressivos representam a realidade de “cristãos em todo o mundo que enfrentam ameaças diárias às suas vidas e à liberdade religiosa.”
Anteriormente conhecido como o relatório “Perseguidores do Ano”, o índice classificou 20 países conforme o nível de perigo que representam para suas populações cristãs: vermelho (onde os cristãos são regularmente torturados ou mortos por sua fé), laranja (onde as nações “oprimem severamente” os cristãos) e amarelo (onde “infrações menores” sujeitam os cristãos a prisões, ataques ou opressão).
“2024 foi um ano angustiante para um grande número de cristãos em todo o mundo”, disse o relatório da ICC, “de igrejas domésticas subterrâneas na China a aldeias remotas na Nigéria.”
As conclusões da ICC coincidem com a “Lista Vermelha do GCR de 2025” da Global Christian Relief, que documenta as 25 piores nações em termos de perseguição cristã, classificadas em cinco categorias distintas.
Nações perigosas ::: Quatro das cinco nações mais perigosas para os cristãos estão na África Subsaariana, de acordo com o GCR: Nigéria, República Democrática do Congo, Moçambique e Etiópia. A lista vermelha do relatório da ICC também incluiu Somália e Eritreia, a ditadura marxista da Coreia do Norte, além de Paquistão e Afeganistão, agora sob o domínio do Talibã (mas excluiu a Etiópia).
As duas nações mais populosas do mundo, China e Índia, estão logo abaixo do nível mais alto de perseguição, entrando na lista laranja do ICC, junto com Irã e Arábia Saudita. A lista amarela do ICC inclui Azerbaijão, Egito, Indonésia, Malásia, Mianmar, Nicarágua, Rússia e Vietnã.