
O vídeo de Cláudia Leitte alterando a letra do antigo sucesso “Caranguejo” (2004) deu o que falar nas redes sociais na última semana. No trecho, a carioca troca a parte em que a letra saudava Iemanjá (orixá das matrizes africanas) por “só louvo a meu Rei Yehsua” (nome de Jesus em hebraico). Apesar da polêmica gerada, Claudia Leitte não é a única a realizar mudança na letra de uma música após sua conversão.
O Norte Cristão recorda alguns artistas que tiveram a mesma atitude de Claudia (confira mais abaixo). Antes, a gente conversou com o pastor, músico e escritor, Atilano Muradas, que reforçou que essa atitude da parte de diferentes cantores pode se tornar cada vez mais comum. Afinal, o número de evangélicos aumentou 35% na nação brasileira.
“Existe um limite para isso (mudar a letra secular por palavras cristãs)? Sim, existe! Se alguma atitude desses artistas ultrapassar os princípios da Bíblia, então ele estará cometendo pecado. A regra é a mesma para qualquer outro profissional”, comenta Atilano, afirmando que é direito de qualquer pessoa expressar sua fé, mas é necessário ponderar algumas coisas.
CONFIRA ABAIXO OS OUTROS ARTISTAS QUE MUDARAM LETRAS :::::
A cantora Joelma da banda Calypso alterou um verso do hit “Príncipe Encantado” após se converter à religião evangélica. A letra fazia alusão à bruxaria: “Tentando desvendar os seus mistérios / Um copo sobre a mesa de Quijá, bola de cristal e cartas de baralho”.
O cantor Roberto Carlos, também mudou letras de músicas por causa de religião. Em “Além do Horizonte”, por exemplo, ele trocou “De que vale o paraíso sem amor” por “pois só vale o paraíso com amor”.
A dupla, Simone e Simaria, que se declaram evangélicas, pararam de cantar a música “Quero ser feliz também”, de Natiruts, durante o “Música boa ao vivo”, programa da Multishow, pois a música mencionava a Iemanjá.
A Baby do Brasil, por exemplo, troca o “Dragão tatuado no braço” por “Jesus tatuado no braço” na música “Menino do Rio”, mostrando ao seu público que mudou de pensamento em relação a algum trecho da música.
O violonista e compositor Baden Powell, que compôs com Vinícius de Moraes os chamados Afrosambas, nos últimos anos de vida, depois de convertido ao Evangelho, rejeitava cantar, por exemplo, “Canto de Iemanjá”, pela identificação da música com o candomblé.