Para combater o antissemitismo no país, a Confederação Israelita do Brasil (CONIB) lançou uma plataforma. De acordo com o monitoramento digital realizado pela instituição, houve aumento de 576% nas manifestações preconceituosas contra judeus nas redes sociais. Isso ocorre desde o começo da guerra, em outubro de 2023, entre Israel e Palestina até janeiro de 2024.
Com a escalada de casos de antissemitismo no Brasil e no mundo, agravados desde o ataque de 7 de outubro, a CONIB “reforça o posicionamento na linha de frente do combate à intolerância, lançando um amplo e inédito projeto ancorado em quatro eixos: educação, pesquisa e monitoramento, legal e advocacy. A plataforma integra esses esforços buscando atuar na educação, conscientização, letramento e monitoramento sobre tema no Brasil”.
A plataforma disponibiliza informações de educação e conscientização sobre a história dos judeus, dados e pesquisa sobre as denúncias de preconceito. Há ainda avaliações das políticas públicas e do ambiente regulatório das redes sociais. A iniciativa faz parte de um projeto de combate ao antissemitismo e ao discurso de ódio no Brasil.
“Nosso objetivo é mitigar os impactos para a comunidade judaico-brasileira da apropriação polarizada e politizada da guerra entre Israel e Hamas, no país, que se reflete no acirramento de um clima de hostilidade, desrespeito e preconceito”, destacou Claudio Lottenberg, presidente da CONIB.
Para adoção de medidas legais contra as ocorrências, a Confederação também vai disponibilizar conteúdo de análise. Segundo a CONIB, somente de outubro a dezembro de 2023, o aumento de denúncias de antissemitismo foi de 913% quando comparado a 2022.
Vale destacar que em parceria com o Departamento de Segurança Comunitária (DSC), a CONIB gerencia um canal de denúncias de antissemitismo. Há avaliações de indicadores e análises das denúncias, que são encaminhadas às autoridades competentes.
