
Israel ofereceu uma pausa de dois meses na guerra ao Hamas como parte de um possível acordo para libertar os reféns que ainda estão na Faixa de Gaza. A informação é da agência Axios e foi divulgada nesta segunda-feira (22/1), citando dois funcionários israelenses não identificados.
Este seria “o período mais longo de pausa que Israel ofereceu ao Hamas desde o início da guerra”, escreveu o repórter da Axios, Barak Ravid, que também é analista da CNN.
A proposta israelense pede a libertação de todos os reféns e corpos de reféns, organizado em fases. O governo acredita que 130 pessoas ainda estejam presas em Gaza. Em troca, haveria a libertação de prisioneiros palestinos em Israel, de acordo com a Axios.
Israel também deve tirar suas tropas dos principais centros populacionais, o que permitiria “um retorno gradual de civis palestinos à cidade de Gaza e ao norte da Faixa de Gaza”.
O Hamas pediu o fim da guerra como condição de qualquer acordo, algo que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu rejeitou no domingo (21/1). Também se opôs publicamente à criação de um Estado palestino, medida defendida por países como Estados Unidos e Reino Unido.
A guerra começou após o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, quando o grupo armado invadiu Israel, matou centenas de pessoas e sequestrou dezenas de outras.
O Exército israelense responde com lançamento de mísseis e uma operação terrestre na Faixa de Gaza. Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, ligado ao Hamas, mais de 25 mil pessoas morreram no território palestino desde então.
Além disso, a situação deslocou a maior parte dos palestinos, desencadeando também uma grave crise humanitária, conforme alertaram diversos órgãos internacionais.
Nesta segunda-feira (22/1), Israel anunciou a morte de mais três soldados, elevando o número de tropas mortas para 198.