Familiares dos israelenses sequestrados pelo Hamas desde o Massacre de 7 de outubro invadiram uma sessão do Comitê de Finanças do Knesset, o parlamento de Israel, nesta segunda (22/1), clamando pela libertação dos reféns.
O Hamas havia divulgado uma mensagem a eles dizendo: “A escolha é de vocês, em caixões ou vivos… Seu governo mente, o tempo está se esgotando.” O grupo terrorista já executou diversos reféns israelenses.
A sessão do Comitê de Finanças, que deveria apresentar uma visão geral do orçamento de 2024, foi marcada pelo desespero dos parentes das vítimas do terrorismo. O orçamento atualizado, significativamente maior do que o anterior, destina-se também a cobrir despesas militares e de guerra.
Vestidos com camisetas pretas e carregando cartazes, os manifestantes expressaram pânico e frustração. Eles exigiram a libertação imediata dos reféns. Cerca de 130 israelenses ainda estão retidos em Gaza.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu rejeitou as demandas do Hamas em um pronunciamento de TV à nação, enfatizando o compromisso de Israel em resgatar todos os reféns. Segundo ele, a proposta do Hamas deixaria Israel vulnerável a mais ameaças.
Ofir Akunis, Ministro da Inovação, Ciência e Tecnologia, afirmou que o Hamas não tem condições de ditar termos a Israel. “Esta guerra não terminará antes que o Hamas seja completamente neutralizado”, disse.
A interrupção na sessão do comitê levou a um intervalo, instaurado pelo seu presidente, Moshe Gafni, do partido Judaísmo Unido da Torá. A transmissão ao vivo foi interrompida, e Gafni expressou solidariedade às famílias, destacando a importância de resgatar os reféns. Outros parentes dos reféns e apoiadores iniciaram um acampamento do lado de fora da residência do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e do edifício do Knesset.
