Rússia prende 60 após ato contra Israel em invasão de aeroporto; “sinto vergonha desse acontecimento”

Multidão que perseguia israelenses e judeus invadiu o aeroporto de Makhachkala. Entre os feridos estão nove policiais, dois dos quais tiveram de ser hospitalizados após agressões

Pelo menos 60 pessoas foram detidas e mais de 20 ficaram feridas no aeroporto de Makhachkala, capital da república russa do Daguestão, de maioria muçulmana, que foi invadido neste domingo, 29/10, por uma multidão que perseguia israelenses e judeus, segundo informaram, nesta segunda-feira, 30/19, as autoridades locais.

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Entre os feridos estão nove policiais, dois dos quais tiveram de ser hospitalizados, segundo o departamento do Ministério do Interior do distrito federal do Cáucaso Norte, que acrescentou que foram identificados mais de 150 participantes nos distúrbios.

Centenas de pessoas invadiram o aeroporto e suas pistas após convocações postadas nos canais do Telegram para que abordassem os voos chegados de Israel em protesto ao conflito entre os israelenses e o grupo terrorista Hamas. De acordo com a imprensa russa, a multidão gritava palavras de ordem antissemitas e “Alá é grande”. Também foram ouvidos disparos de armas de fogo.

Alguns dos invasores correram para a pista de pouso e tentaram embarcar em um avião que chegava de Tel Aviv, segundo vídeos divulgados nas redes sociais. As forças de segurança conseguiram evacuar o aeroporto após várias horas de distúrbios. “Os médicos estão tratando dez vítimas do incidente no aeroporto de Makhachkala em hospitais”, disse o Ministério da Saúde do Daguestão, segundo a agência de notícias TASS.

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Dois dos feridos no ocorrido estão em estado crítico e outros dez sofreram ferimentos leves. A Agência Federal de Transporte Aéreo ordenou inicialmente o fechamento do aeroporto até 6 de novembro, mas depois indicou que a medida só será aplicada até esta terça-feira, 31/10.

O governador da república, Sergei Melikov, convocou nesta segunda os participantes dos motins antissemitas em Makhachkala para “lavarem a desonra” na guerra na Ucrânia e acusou Kiev de estar por trás dos protestos. “Sinto vergonha dos acontecimentos de ontem. (…) Se algum dos participantes nos tumultos quiser lavar sua desonra juntando-se a um batalhão de voluntários ou assinando um contrato com o Exército, eu agradecerei (…). Os nossos inimigos, detratores do nosso país, estão realizando tentativas de desestabilizar a situação no Daguestão”, disse Melikov à televisão pública russa.

Segundo Melikov, um dos canais do Telegram onde foi publicada a convocação para os protestos é administrado do exterior.

Fonte: EFE

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