
Desde 2011, a Lei 273 de autoria do vereador Marcel Alexandre (Avante) considera irmãs as cidades de Manaus e Jerusalém, em Israel. A homenagem ocorreu em meio às comemorações dos 63 anos da Terra Santa, fundada em 14 de maio de 1948. Na ocasião de promulgação da lei, o parlamentar ocupava a vice-presidência da Câmara Municipal de Manaus (CMM).
No seu artigo 2, a lei autoriza o Poder Executivo de firmar acordo de geminação entre as cidades mencionadas, ou seja, estabelecer relações recíprocas entre elas. Isso significa a realização, no município de Manaus, da semana de divulgação da cultura, hábitos, tradições e turismo da cidade-irmã.
Outro ponto relevante é que o acordo dispõe, ainda, sobre o intercâmbio de programas científicos, sociais, ambientais, culturais, esportivos e comerciais entre as cidades. Cabe, portanto, a Manaus, levar ao conhecimento e solicitar apoio do Ministério das Relações Exteriores do Brasil.

“Todos nós sabemos da força cultural judaica e de Israel, principalmente na formação do Amazonas. Essa formação, judaico-cristã, contribui significativamente como base da nossa cultura religiosa. A partir desse princípio, postulei essa lei para obter uma maior proximidade entre as duas cidades. Quem sabe, futuramente, por força do turismo religioso tão presente entre nós, haja a disponibilização de voos diretos entre Manaus e Tel Aviv, bem como a troca de experiência com o país que mais exporta tecnologia para o mundo”, prevê o vereador.
PROTESTOS – Não é de hoje que Marcel Alexandre se sensibiliza com as causas de Israel. A propósito dos ataques do grupo terrorista Hamas contra cidadãos israelenses, o vereador usou a sua voz em um duro discurso para protestar na tribuna da CMM. No dia 10/10, ele realizou um manifesto de solidariedade ao povo judeu com a adesão de outros parlamentares.
“Não gostaríamos, como brasileiros, que nenhum vizinho nosso nos invadissem em tempo de festa ou feriado sagrado, tempo que estamos fechados em família ou em um lugar sagrado, como foi o caso desse ataque terrorista. E, o mais difícil: quebra dos códigos de guerra porque há crianças e idosos sendo violentados e assassinados. As nações estão sofrendo; há pessoas sendo tratadas como nada e sem dignidade humana”, desabafou o vereador.