Especialista faz alerta contra empresas de inteligência artificial pela obsessão religiosa de tentar ‘criar Deus’

Em entrevista ao jornal The New York Times, empresário destacou que toda a retórica de suas atividades gira em torno da criação de Deus

De acordo com Arthur Mensch, CEO e cofundador da Mistral AI, empresa francesa de produtos de inteligência, há uma obsessão “muito religiosa” das empresas do segmento em criar uma inteligência artificial generativa (IAG) semelhante ao desejo de criar Deus.

Em entrevista ao jornal The New York Times, Mensch destacou que toda a retórica da IAG gira em torno da criação de Deus. “Toda a retórica da IAG é sobre a criação de Deus”, afirma o executivo da empresa de IA.

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Ateu convicto, o executivo argumenta que, apesar dos esforços, não acredita na geração de uma IAG neste nível.

A Mistral AI, também cofundada pelos pesquisadores da Meta, Timothée Lacroix e Guillaume Lample, é a dona do chatbot Le Chat, descrito como a “versão francesa” do ChatGPT. Mensch, considerado um gênio aos 31 anos, é autoproclamado “campeão” da IA na Europa e conhecido como o “garoto-propaganda da IA na França”. Antes de fundar a Mistral, ele trabalhou no Google DeepMind.

Para Mensch, a tecnologia está mudando a compreensão cultural e a visão de mundo. Ele afirma que a inteligência artificial traz o cenário de uma revolução que “acontece mais rápida que as anteriores”. Além disso, destacou ter um acordo assinado com o governo de Macron para demonstrar a soberania tecnológica de IA perante a Europa.

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